O suporte psicológico para quem vive no exterior

É crescente o número de brasileiros que decidem viver no exterior. Os últimos dados da Receita Federal mostram que em 2017, 21,2 mil pessoas entregaram a declaração de saída definitiva do país. Em 2018, este número aumentou para 22,4 mil.

Em consonância a esses números, o número de pessoas que buscam por atendimento psicológico após imigrarem, também aumenta. A psicologia no Brasil já estava dando conta do atendimento de muitos brasileiros vivendo no exterior, mas desde a resolução CFP 11/2018 que regulamenta a prestação de serviços psicológicos realizados por meios de tecnologias da informação e da comunicação e revoga a Resolução CFP nº 11/2012 que somente permitia a orientação psicológica limitada a 20 sessões, os atendimentos ganharam força.

Mas o que será que motiva a busca pelo suporte psicológico? O fato é que muitos expatriados se deparam com situações inesperadas ou até esperadas, mas não encontram recursos próprios para lidar com os desafios que precisa enfrentar. Se deparam com medos, preconceitos, saudades e nem sempre pode ser fácil. A solidão pode se fazer presente, porque mesmo que se tenha alguns amigos ou parte da família no novo país, não é a rede que se tinha no país de origem. O dinheiro pode ser escasso. A língua pode ser um problema. O clima pode ser muito diferente. A profissão de referência pode ter ficado para trás. E em muitos desses momentos, aparece a pergunta: “o que eu fui fazer?”.

Desse modo, o sofrimento se faz presente e ter alguém que acolha a angústia, ajude a entender o que está se passando para enfrentar estas barreiras de maneira saudável ou até mesmo para ajudar a tomar a decisão de voltar ao país de origem de uma maneira tranquila, pode ser extremamente útil.

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